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    Monk Mode

    Faz alguns anos que adotei o Monk Mode como parte essencial da minha rotina de produtividade, e posso dizer que foi uma das melhores decisões que já tomei. Esse método tem me ajudado a focar profundamente nos meus projetos e a deixar de lado tudo aquilo que só consome tempo e energia. A ideia é simples, mas exige uma disciplina que vale cada esforço: dedicar pelo menos três meses do ano para entrar nesse modo de foco extremo. E, sim, eu acredito que todo mundo deveria experimentar essa prática ao menos uma vez. Nesses períodos de Monk Mode, eu defini algumas regras inegociáveis, que são como pilares para manter o foco e a clareza:
    1. Longe dos vícios: Essa é uma das primeiras coisas que corto quando entro no modo. Nada de álcool, jogos, pornografia... Enfim, tudo aquilo que gera uma recompensa instantânea mas que, a longo prazo, só tira meu foco e me distrai dos meus objetivos. A sensação de limpar a mente de todos esses estímulos é revigorante.
    2. Exercícios todos os dias: Não importa o que aconteça, manter o corpo em movimento é essencial. Eu percebi que quando me comprometo a treinar todos os dias, seja musculação, corrida ou até uma simples caminhada, meu nível de energia e disposição aumenta muito. O corpo agradece, mas a mente também. É impressionante como um treino ajuda a manter o foco ao longo do dia.
    3. Dormir 8 horas por dia: Sem abrir mão. Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos é que o sono de qualidade não é luxo, é necessidade. Manter essa rotina de descanso é o que garante que eu consiga manter a constância nos meus dias de alta intensidade. A diferença na clareza mental e na disposição ao longo do dia é visível.
    4. Sem café (sim, sem café!): Essa foi a mais desafiadora. Eu sempre fui aquele tipo de pessoa que precisava de uma xícara de café para começar o dia, mas ao eliminar essa dependência, percebi que meu corpo encontrou uma energia natural mais estável, sem os altos e baixos da cafeína. Os primeiros dias são complicados, mas a adaptação vale muito a pena.
      Além desses pontos inegociáveis, gosto de adicionar alguns outros que variam conforme o momento e as necessidades. Às vezes, incluo um hábito de leitura diária, outras vezes, corto glúten e lactose da alimentação. E olha, cortar glúten e lactose não é nada fácil, mas a sensação de leveza e a produtividade que vem depois são incríveis. É como se minha mente funcionasse de forma mais clara e rápida, sem aquela sensação de cansaço que, muitas vezes, a alimentação mais tradicional traz. Eu vejo o Monk Mode como uma oportunidade de recomeço, um momento para redefinir prioridades e reencontrar aquele foco que muitas vezes se perde nas demandas do dia a dia. Para quem tem TDAH como eu, isso se torna ainda mais importante. O Monk Mode me permite transformar a dificuldade de concentração em algo positivo, aproveitando meu hiperfoco para mergulhar de cabeça nos meus projetos. Em vez de lutar contra a distração constante, eu crio as condições perfeitas para que o hiperfoco aconteça naturalmente e seja direcionado para o que realmente importa. Durante esses três meses, é quase como se eu me isolasse do mundo para me conectar comigo mesmo e com os meus objetivos. O celular fica no modo “não perturbe”, as redes sociais são deixadas de lado, e até as reuniões e compromissos sociais são reduzidos ao mínimo. E, a cada vez que faço isso, percebo o quanto é importante ter esses períodos de imersão total para recarregar as energias e repensar a direção que quero dar para minha vida e para os meus projetos.   Por que isso é tão importante? Porque a verdade é que, no mundo em que vivemos, cheio de distrações e estímulos, é muito fácil se perder no meio do caminho. Ficar rolando o feed, responder mensagens o tempo todo, atender a ligações que não são urgentes... Tudo isso parece inofensivo, mas vai consumindo um tempo precioso que poderia ser usado para construir algo significativo. O Monk Mode é a minha maneira de dizer "não" a tudo isso e focar no que realmente importa. Claro que não é um caminho fácil. Muitos desistem no meio do processo porque não é simples abdicar de certos confortos. Mas a sensação de terminar esses três meses com uma clareza mental e uma energia que eu nem lembrava que existia é indescritível. Eu diria que vale cada esforço, cada sacrifício. E, pensando em exemplos de outras abordagens, como o Monk Mode do Iman Gadzhi, eu percebi que o conceito de criar essas “bolhas de imersão” é algo que pode transformar a forma como a gente encara o trabalho e os objetivos de vida. O Iman reserva alguns meses do ano para seguir uma rotina rígida, e foi inspirador perceber que não estou sozinho nesse caminho. Agora, deixo uma reflexão para você: que tal experimentar o Monk Mode por três meses? Será que você conseguiria cortar as distrações e focar no que realmente importa? Se já tentou algo parecido, me conta como foi a experiência. E se ainda não tentou, o que está te segurando?

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