As promessas extravagantes e campanhas de marketing superficiais da era anterior da internet estão sendo lentamente substituídas por uma nova onda de criatividade e autenticidade, alimentada pela emergência da economia do criador e os princípios da Web 3.0.
Esta evolução é uma oportunidade para todos nós, não só para aqueles que procuram navegar pelo mundo do marketing digital, mas também para aqueles que aspiram a fazer uma contribuição significativa para a internet do futuro.
“O caminho para se tornar um criador é muito diferente do que era há alguns anos. Agora você pode ser objetivo sobre sua abordagem. As pessoas estão monetizando suas plataformas muito mais cedo hoje em dia.” – Justin Moore , fundador do Creator WizardA era da economia do criador tem visto um movimento em direção a soluções holísticas e personalizadas, longe do modelo tradicional de "funil de vendas" e estratégias de marketing unidimensionais. Os criadores de conteúdo estão agora atraindo comunidades de pessoas que ressoam com suas vozes e personalidades, fornecendo uma educação diversificada e focada em habilidades que apoiam seus objetivos compartilhados. Em vez de promessas vazias de riqueza rápida e fácil, os criadores estão oferecendo soluções concretas e genuínas para ajudar as pessoas a alcançar seus objetivos de vida.
O que é Web3 3.0 para mim
Para mim, a Web 3.0 transcende o mero universo das criptomoedas e blockchain. Ela incorpora a economia do criador, mesmo em aplicativos centralizados, e molda uma nova visão de um ecossistema digital. Essa nova visão coloca o poder nas mãos dos criadores e não apenas das grandes empresas, formando um novo paradigma de uma internet verdadeiramente descentralizada. No cerne desta mudança, os criadores são os atores principais, não apenas consumidores passivos de conteúdo. Eles são os motoristas que definem o mercado, aqueles que criam, que constroem e que dão vida à Web 3.0. Em vez de estar à mercê das políticas e caprichos das grandes empresas de tecnologia, a Web 3.0 empodera os criadores a tomar as rédeas do seu próprio conteúdo, direcionando o fluxo de valor de volta para eles e suas comunidades. Este é um mundo onde o conteúdo autêntico e pessoal se torna rei, e onde a criatividade e a colaboração são mais valiosas do que as táticas de marketing enlatadas e despersonalizadas. Aqui, a economia do criador floresce, permitindo que pessoas comuns alcancem um público global com o toque de um botão. Em última análise, a Web 3.0 é a realização da promessa da internet como uma plataforma verdadeiramente democratizada, onde cada indivíduo tem o potencial de fazer uma contribuição significativa e ver o fruto de seu trabalho. Ela representa uma ruptura com o passado centralizado e a alvorada de uma nova era digital, um espaço onde a liberdade, a criatividade e a inovação individual são recompensadas. Isso é o que a Web 3.0 significa para mim: um mundo de possibilidades ilimitadas, impulsionado por nós, os criadores.Web 3.0 e os criadores
A Web 3.0, ou "a web semântica", desempenha um papel importante nesta mudança. A Web 3.0 promove a descentralização, a interoperabilidade e a colaboração inteligente, proporcionando aos criadores a oportunidade de controlar, gerir e beneficiar diretamente do seu próprio conteúdo. Isso contrasta fortemente com a estrutura centralizada da Web 2.0, onde as grandes plataformas controlam o conteúdo e colhem a maioria dos benefícios. Com a Web 3.0, os criadores podem construir suas próprias plataformas descentralizadas, garantindo que o valor que eles criam seja diretamente retornando para eles e suas comunidades, ao invés de ser canalizado para as grandes empresas de tecnologia. Essa mudança não só dá aos criadores maior controle sobre seu trabalho, mas também permite a criação de comunidades mais engajadas e conectadas. Porém, como com qualquer evolução tecnológica, há obstáculos a serem superados. No caso da Web 3.0, muitos desses obstáculos são políticos. A regulação governamental, por exemplo, poderia desacelerar ou mesmo impedir a adoção da Web 3.0, especialmente em países como o Brasil, onde a política e a tecnologia estão intimamente entrelaçadas. No entanto, se os criadores e os defensores da Web 3.0 puderem navegar com sucesso nesse cenário político complexo, as possibilidades são quase ilimitadas.O futuro
O futuro da internet está se moldando para ser um espaço de criatividade, colaboração e controle pelo usuário. Este novo paradigma de interação on-line oferece uma série de oportunidades emocionantes para os criadores, desde a monetização direta do seu conteúdo até a construção de comunidades em torno das suas criações. E não são apenas os criadores que se beneficiam desta evolução. Os usuários comuns da internet também ganham com a Web 3.0. Eles têm a oportunidade de se tornar acionistas ativos das comunidades que amam, apoiando os criadores diretamente e tendo uma voz mais forte na direção que essas comunidades tomam. Em vez de serem apenas consumidores passivos de conteúdo, os usuários podem se tornar participantes ativos e beneficiários do sucesso de suas comunidades.Descentralização e controle do criador: como a Web 3.0 reformula a propriedade de conteúdo
O poder da descentralização, um dos princípios fundamentais da Web 3.0, devolve a posse e o controle do conteúdo aos criadores. Ao contrário do modelo centralizado da Web 2.0, onde o conteúdo do criador é frequentemente propriedade de plataformas de terceiros, a Web 3.0 permite aos criadores armazenar, compartilhar e gerenciar seu conteúdo sem a necessidade de intermediários. Isso proporciona maior liberdade e flexibilidade, permitindo que os criadores modifiquem, distribuam ou até mesmo monetizem seu conteúdo como desejarem. Além disso, essa descentralização garante maior transparência e segurança, reduzindo a probabilidade de censura ou controle por entidades centralizadas.Inovações monetárias na Web 3.0: explorando novas formas de geração de receita para criadores
A Web 3.0 abre um novo mundo de possibilidades para os criadores gerarem receita com seu conteúdo. Através do uso de contratos inteligentes e tecnologia blockchain, os criadores podem emitir seus próprios tokens, criar produtos digitais exclusivos e oferecer experiências personalizadas para seus seguidores. Os tokens podem ser usados para recompensar os membros da comunidade pelo engajamento, dar acesso a conteúdo exclusivo ou ser usados em sistemas de votação para direcionar o desenvolvimento futuro da comunidade. Isso cria um sistema de incentivos que beneficia tanto o criador quanto seus seguidores, proporcionando a cada um deles uma participação no sucesso coletivo da comunidade.Desafios e oportunidades: navegando pelos obstáculos políticos e tecnológicos na era da Web 3.0
Apesar de suas muitas vantagens, a transição para a Web 3.0 não está isenta de desafios. Um dos principais obstáculos é a resistência política e regulatória. Como a tecnologia blockchain e a economia cripto desafiam muitos dos modelos econômicos e de governança existentes, os governos podem resistir ou tentar regular essa nova era da Internet. No entanto, esses desafios também apresentam oportunidades. Se os defensores da Web 3.0 puderem trabalhar com reguladores e legisladores para desenvolver um quadro legal e regulatório justo e inclusivo, a Web 3.0 poderá florescer de maneiras que beneficiem a todos. Além disso, a superação desses desafios pode levar a inovações ainda maiores, já que a necessidade é a mãe da invenção.O Mercado promissor da economia do criador
Impulsionada pela digitalização da sociedade, a “economia do criador” emergiu como um novo paradigma na produção e monetização de conteúdo digital. Segundo a pesquisa “Future of Creativity” da Adobe, existem 303 milhões de criadores de conteúdo, ou "creators", em todo o mundo. Notavelmente, o Brasil contribui com uma parte significativa desse número, com 9 milhões de influenciadores digitais, equivalente à população de Pernambuco. A economia do criador não é apenas grande em termos de número de participantes, mas também em termos de receita gerada. Uma pesquisa da Collabstr mostrou que o mercado global de influenciadores digitais vem crescendo mais de 40% ao ano desde 2019, movimentando cerca de US$ 16,4 bilhões (aproximadamente R$ 82,8 bilhões) em 2022.Monetização na Economia do Criador
A economia do criador floresceu em grande parte devido às várias oportunidades de monetização oferecidas pelas plataformas digitais. No YouTube, por exemplo, os criadores podem monetizar seu conteúdo através do Programa de Parcerias do YouTube (YPP), além de anúncios publicitários, Super Chats, estantes virtuais e clubes de assinantes. Enquanto isso, no Instagram, os influenciadores lucram com parcerias com marcas, posts patrocinados e promoção de seus próprios produtos e serviços. O TikTok e a Twitch oferecem opções de monetização semelhantes, incluindo missões diárias, bonificações e parcerias com marcas. Segundo dados da Husky, o número de influenciadores que receberam pagamentos de plataformas digitais cresceu impressionantes 381% entre 2021 e 2023. Os influenciadores recebem, em média, cerca de US$ 6.316 (R$ 31,8 mil) por mês, com alguns ganhando mais de US$ 100.000 (R$ 500.000) por mês.Vantagens de ser um "creator"
- liberdade geográfica;
- liberdade de tempo;
- liberdade financeira;
- maior reconhecimento e aumento das oportunidades no mercado de trabalho;
- aumento do networking com grandes players do mercado;
- construção de comunidade digital (com possibilidade para trazê-la para o ambiente físico, para geração de tickets maiores);
- aumento do número de parcerias estratégicas;
- convites para palestras, lives e entrevistas;
- possibilidade de diversificar a renda por meio de contratos com marcas empresariais.